Aproximação com o conceito e experiências de economia solidária.
Adolescentes e jovens.
Um computador por dupla, acesso à internet, folhas de papel Kraft, pincéis atômico.
Na sala de atividades e na sala de informática.
Dois encontros de 1h30 (uma hora e trinta minutos).
Conhecer formas de produção e consumo comunitários.
Ampliar a visão sobre o funcionamento da economia; identificar outras possibilidades de se organizar e estruturar a vida coletiva.
Primeiro encontro: Apresentando a experiência do Conjunto Palmeiras – Fortaleza (CE).
Inicie a oficina perguntando aos adolescentes e jovens se já ouviram falar em economia solidária e o que sabem sobre isso. Estimule para que falem o que sabem ou intuem a respeito do assunto, aproximando-os do conceito de que economia solidária são práticas alternativas de produção e consumo, intimamente vinculadas ao desenvolvimento local.
A comunidade se reúne para planejar o que e como vai produzir para satisfazer as necessidades das famílias que ali vivem, para gerar emprego e renda para as pessoas e também para alavancar o desenvolvimento local, com a circulação do dinheiro ali mesmo. Os produtos da economia solidária são naturais e não poluem o meio ambiente.
Dada a mudança econômica e cultural que provoca, geralmente, a proposta de implementação da economia solidária, numa comunidade, parte de uma universidade local ou de uma ONG especializada no assunto.
Explique que essa forma alternativa de praticar a economia desenvolveu-se, no Brasil, a partir da década de 80, do século 20, em contraposição a um padrão de produção e consumo que passou a exigir um nível alto de renda das pessoas, típico de sociedades mais industrializadas, como os Estados Unidos.
As populações mais pobres, não conseguindo acompanhar o ritmo semelhante, acabam expulsas para as regiões periféricas das cidades, nas quais a vida é menos cara, em busca de sobrevivência e, muitas vezes, são excluídas dos serviços e benefícios que a cidade poderia lhes oferecer.
Ao se organizarem ou criarem alternativas de trabalho e renda, em grupo, acabam recuperando uma forma digna de sobrevivência, por meio do próprio trabalho, juntando esforços com seus pares e contribuindo para o desenvolvimento da comunidade.
Para que entrem em contato ou conheçam melhor o que significa economia solidária, convide-os a assistirem um pequeno vídeo que conta como, há mais de 30 anos, a população de Palmas, cidade do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza – CE, começou sua experiência de economia solidária.
Começou com uma associação de bairro, reivindicando condições dignas aos que foram despejados para o alagadiço a fim de que a parte rica da cidade pudesse crescer. A população se organizou e além das reivindicações junto ao poder público, decidiu criar um sistema de produção e de trocas próprio do Conjunto Palmeiras. Então, realizou obras, planejou investimentos, captou recursos e com eles urbanizou o bairro e fundou um banco, que concedia pequenos créditos para os moradores produzirem o que eles precisavam para sobreviver e de maneira sustentável.
Questione-os sobre o significado da palavra sustentabilidade.
E se?
Se eles disserem que é uma maneira de não agredir a natureza, concorde e amplie o conceito, que abrange o crescimento econômico com preservação do meio ambiente e inclusão social.
Com o tempo, a experiência foi se consolidando e o Conjunto Palmeiras ficou conhecido, foi notícia de jornais e passou a ser procurado para ajudar na construção de outras experiências semelhantes, em outros locais. Projete o vídeo
“A Revolução do Consumo”, de 8m36s, hospedado no site do youtube, que conta essa história:
Após a projeção do vídeo, abra a roda para discussão, questionando o que chamou mais a atenção deles, o que consideram relevante nessa experiência. Coloque as seguintes questões para eles:
Como vivem os jovens?
O que fazem?
Em que trabalham as pessoas do bairro?
O que produzem?
O que consomem?
Que benefícios esse modelo de produção e consumo traz para os moradores?
Quais as dificuldades que encontram para expandirem o emprego e a renda a mais pessoas?
Promova o debate por aproximadamente trinta minutos e, para sistematizar, peça que pensem em algumas frases que sintetizem o que debateram para você registrar em um cartaz a ser afixado na sala.
Segundo encontro: Conhecendo outras experiências.
Neste encontro, os adolescentes e jovens entrarão em contato com outras experiências de economia solidária, desenvolvidas em áreas rurais e urbanas. Indique os três vídeos abaixo, hospedados no site do Youtube, os quais apresentam as experiências.
Divida a turma em dois grupos: A e B.
Organize duplas em cada grupo:
Aproximadamente 50 minutos depois, abra a roda para socializarem as experiências das quais tomaram conhecimento. Peça, primeiro, para uma dupla do grupo A descrever as experiências; as demais complementam. Ao terminarem, levantem juntos os pontos em comum dessas experiências e registre num cartaz.
Depois, repita com as duplas do grupo B.
Peça para observarem bem os dois cartazes e, a partir deles, questione sobre: o que podem concluir que seja economia solidária? Componha com eles um pequeno texto, na lousa ou em um cartaz, que sintetize o que compreenderam a respeito do conceito.
Hora de Avaliar:
Em roda, peça para que avaliem a oficina:
O que ela trouxe de aprendizagem?
O que consideraram mais significativo?
Tinham algum conhecimento da existência de experiências de economia solidária?
O que acharam dessa proposta alternativa de produção, distribuição e consumo de produtos?
O que mais poderá ser feito?
Os estudantes poderão convidar alguns participantes de experiências similares, para apresentá-las na instituição, promovendo um debate sobre elas e informando os caminhos para iniciativas semelhantes. O encontro poderá ser aberto à comunidade. Poderão também pesquisar na internet outras experiências de economia solidária, bem como vídeos e sites que discutem teoricamente o tema.
Fontes de Referência:
Sites:
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
Vídeo – FNES – Economia Solidária (12min2s)
A economia solidária constitui uma alternativa de organizar as relações sociais, segundo princípios que valorizam o ser humano, o trabalho, a justiça, a solidariedade e a sustentabilidade do planeta.
Propõe o desenvolvimento econômico sustentável, socialmente justo e voltado para a satisfação racional das necessidades de cada um e de todos os cidadãos, seguindo um caminho intergeracional de desenvolvimento sustentável e de qualidade de vida.
Na economia solidária, a produção, a distribuição e o consumo de produtos, dos quais necessitamos para viver, são realizados de forma coletiva, respeitando e preservando o meio ambiente.
Nesse sistema de produção, o ser humano é sujeito e também a finalidade da atividade econômica e não a acumulação de riqueza e capital. Todos produzem e todos têm acesso aos benefícios produzidos.
Ela busca outra qualidade de vida e de consumo, o que requer a solidariedade entre os cidadãos do centro e da periferia do planeta. Representa poderoso instrumento de combate à exclusão social, pois apresenta alternativas para geração de trabalho e renda e para satisfação das necessidades de todos.
No Brasil, a Economia Solidária ganhou força por ocasião do 1º Fórum Social Mundial, realizado de 25 a 30 de janeiro de 2001, em Porto Alegre, que contou com a participação de 16 mil pessoas, vindas de 117 países.
Em 28 de maio de 2003, foi criada a Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego com a publicação da Lei nº 10.683, e instituída pelo Decreto n° 4.764, de 24 de junho de 2003, com o objetivo de viabilizar e coordenar atividades de apoio à Economia Solidária em todo o território nacional, visando à geração de trabalho e renda, à inclusão social e à promoção do desenvolvimento justo e solidário.
Em junho de 2003, na III Plenária Brasileira de Economia Solidária, que contou com a mobilização e participação de 17 estados e 90 pessoas de diferentes regiões do país, foi criado o Fórum Brasileiro de Economia Solidária – FBES, articulando três segmentos: empreendimentos solidários, entidades de assessoria e fomento e gestores públicos.
Atualmente, o FBES está organizado em mais de 160 Fóruns Municipais, Microrregionais e Estaduais, envolvendo mais de 3000 empreendimentos de economia solidária, 500 entidades de assessoria, 12 governos estaduais e 200 municípios pela Rede de Gestores em Economia Solidária.
Gostou?
Acesse também a oficina “Feira de Troca”, deste banco.
Eu fiz assim…
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